terça-feira, 23 de setembro de 2008

LONGA TRAZ A MÁGICA EM FORMA DE FILME

Ser melhor e maior que o outro e para isso ter que conseguir enganar a platéia e descobrir os segredos do adversário. Impressionar aqueles que ficavam boqueabertos com o acender de uma lâmpada. São características da disputa quer se trava, a todo o custo, entre dois jovens mágicos obcecados pelo jogo de tensões, em O Grande Truque, filme dirigido por Christopher Nolan.

O longa é contado num cenário de destaque da nossa história e que ditou todo o futuro da humanidade, período iniciado na virada do século, quando explodia as novas tecnologias trazidas pela segunda Revolução Industrial e suas máquinas. Nesse contexto a produção manufaturada é substituída pelo trabalho das máquinas.

Os artesãos que tinham controle sobre todo o processo produtivo, desde a obtenção da matéria-prima até a comercialização do produto final, sendo controlador e receptor de todo o lucro, passou a apenas operar as máquinas. Sendo subordinados a um patrão com o qual tinha que dividir os lucros. Iniciava-se então a já citada revolução tecnológica que provocou um conjunto de mudanças, também de ordem econômicas e sociais, por modificar o ciclo lucrativo.

Nesse contexto, onde a população estava movida pela explosão dessas máquinas e das novas tecnologias e as possibilidades que elas traziam, Borden e Angier que eram amigos, tornam-se inimigos mortais depois de um grave acidente e passam a inspirar-se para bolar os mais ousados truques.

Era por meio da mágica que eles buscavam mostrar o poderio de um, em detrimento do outro. A mágica é colocada apenas como o meio para prova. Era a arte de fazer a platéia acreditar que, mesmo sem uma explicação concreta, pessoas fazem coisas, aparentemente fora do comum, fazendo uso de soluções físicas e científicas.

Um deles conta com a inteligência aliada a esperteza, enquanto o outro faz uso de todo o seu charme e simpatia. Características que em aliança talvez fossem a fórmula ideal para um mágico perfeito.

Escrito por Danúbia Julião

Um comentário:

Luiz Pinto disse...

Danúbia
O texto tem uma boa ambientação daquele momento histórico.

Nota: 7,5